Câncer de mama: coragem e superação
Apesar de faltar apenas uma semana, o Outubro Rosa ainda não acabou. E, para algumas mulheres sobreviventes do câncer de mama, não será apenas nesse mês que elas se lembrarão da luta contra a doença.
Apesar de faltar apenas uma semana, o Outubro Rosa ainda não acabou. E, para algumas mulheres sobreviventes do câncer de mama, não será apenas nesse mês que elas se lembrarão da luta contra a doença.
Mas esse não é o caso de Marília Machado, 54, servidora da Justiça Federal, que descobriu o câncer de mama quando tinha 36 anos. De acordo com ela, o fato de vencer a doença no passado não faz com que ela se lembre disso com frequência. “É como se eu nunca tivesse passado por isso”. Mas ela passou. E venceu.
Quando descobriu, fez mastectomia da mama, seguida da reconstrução com tecido do próprio abdômen. Marília começou a quimioterapia no mesmo dia da cirurgia. Durou seis meses. Hoje, para cobrir a cicatriz, ela fez uma tatuagem.
Marília acreditava que voltar ao trabalho era uma forma de demonstrar a normalidade de sua vida depois da doença. Tirou uma licença médica de três meses para fazer todo o tratamento em Curitiba.
“Além da quimioterapia ainda tive que fazer fisioterapia e frequentar as sessões de terapia para superar todo o sentimento de medo da morte que, inevitavelmente, surge quando você recebe uma notícia de que é paciente de um câncer maligno. Foram cinco anos de observação constante. De seis em seis meses refazia todos os exames exigidos pela médica, a Dra. Cíntia Luehring. E, até hoje, fazer meus exames de rotina me transporta para aquela época. Tenho receio de que apareça algo do qual não estou preparada para saber”, desabafou.
A verdade, para Marília, é que ninguém está preparado para o tratamento de um câncer. “A descoberta do câncer de mama aconteceu num período muito positivo da minha vida. Eu havia acabado de ser aprovada no concurso da Justiça Federal e havia tomado posse fazia poucos meses.”
Ainda diz que “ter boas condições de saúde foi um fator favorável, receber o apoio integral de meus pais que vieram ficar comigo durante todo o tratamento foi muito importante. E o amor incondicional do Marden, meu marido, e de nossos três filhos, Danielle, Lucas e Philip, sem dúvida, funcionou para que minha recuperação fosse rápida”.
“Espero que o depoimento sobre minha experiência ajude outras mulheres a ver que o assunto, apesar de ser um tabu na nossa sociedade, tem ganhado força e mostrado que as mulheres são fortes quando se unem”, conclui.
O depoimento de Marília mostra coragem e superação. Lembre-se: você não está sozinha!