Segurança do voto: mitos
Veja por que a invasão da urna por hackers e alteração dos resultados transmitidos não acontecem
As pessoas que acreditam em fake News costumam dizer: “Já conseguiram invadir o sistema da Nasa, do FBI e do Pentágono. Por que não conseguiriam invadir a urna eletrônica?”. O que elas não entendem é o fato de que, por trás da aparente perspicácia, existe uma certa inocência na pergunta. Ocorre que não há chance alguma de um hacker invadir de forma remota a urna eletrônica, haja vista que ela não se encontra conectada a nenhuma rede.
Então, ainda haveria a possibilidade de a suposta alteração dos resultados acontecer na transmissão dos dados. Quanto a isso, é importante saber que os resultados totalizados pela urna são gravados em uma mídia física, uma espécie de pen-drive, que passa os resultados a um computador ligado a uma rede dedicada, utilizada exclusivamente pela Justiça Eleitoral. É por essa rede exclusiva que os dados são transmitidos, utilizando um sistema de criptografia semelhante ao utilizado pela rede bancária. Como forma de conferência dos resultados, cada urna, antes mesmo de realizar a gravação dos dados, imprime o chamado boletim de urna, que fica exposto ao final da votação nas seções eleitorais. Esse boletim de urna revela os mesmos dados que são transmitidos para a totalização dos resultados. O processo é público. Todos podem conferir: fiscais de partidos, candidatos e os eleitores.