Você sabe identificar uma notícia falsa?
TRE-PR lança cartilha para ajudar população no Dia do Jornalista (07/04)
Para comemorar o Dia do Jornalista (7 de abril), o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) elaborou uma cartilha para ajudar todos os consumidores de notícias a identificar informações falsas. Em tempos de crise, é mais importante do que nunca consumir e compartilhar apenas conteúdo produzido por fontes confiáveis.
Clique aqui e baixe a cartilha completa
Nas Eleições 2018, o termo “Fake News” ficou conhecido por grande parte da população. A disseminação de informações falsas e distorcidas foi decisiva para que houvesse uma grande preocupação em relação às notícias recebidas e enviadas pelas redes sociais e aplicativos de mensagens.
O relatório Digital Brasil 2020, do aplicativo Hootsuite e da agência de marketing We Are Social, indicou que somos 150 milhões de brasileiros conectados à Internet. Segundo a empresa de pesquisa “GlobalWebIndex”, o Brasil encontra-se em segundo lugar no ranking mundial de tempo gasto na rede mundial de computadores: são quase quatro horas por dia apenas nas redes sociais. Além disso, o WhatsApp, aplicativo mais usado no país, é um dos principais meio de comunicação da atualidade e possui grande potencial viral: com poucos compartilhamentos, pode atingir até 65 mil pessoas.
Neste cenário, as informações que recebemos podem vir de qualquer lugar. E mesmo que procedam de uma pessoa querida, não significa que sejam confiáveis. Não se trata de desconfiar das pessoas, mas do conteúdo que elas compartilham. A intenção de quem dispara mensagens nos grupos de familiares e de amigos geralmente é boa: alertar sobre um perigo iminente ou sobre assuntos de interesse público. O problema costuma estar na intenção de quem criou aquele conteúdo.
Segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a desinformação é uma estratégia sistemática criada com o propósito deliberado de confundir a sociedade ou causar questionamentos quanto a algum assunto em particular por meio da circulação massiva de notícias distorcidas ou falsas.
Claire Wardle, líder do “First Draft”, projeto ligado à Universidade de Harvard que combate a desinformação e a distorção das notícias, classifica a desinformação como uma espécie de poluição: se a pessoa passa a informação recebida sem checar, é o mesmo que jogar um lixo no chão.
A notícia boa é que 85% dos brasileiros expressam preocupação sobre o que é verdadeiro ou falso na internet. Mas se você receber uma notícia ou vídeo agora contendo alguma informação, você sabe identificar a veracidade do conteúdo?
Passo 1: Analise
Se a informação estiver em forma de texto, preste atenção nos detalhes – não leia apenas o título. Normalmente uma notícia falsa possui erros ortográficos, letras maiúsculas no meio das frases e pontos de exclamação para inflamar os ânimos dos leitores. Se não for um artigo de opinião, desconfie se o texto expressar juízos de valor e apresentar dados sem citar as fontes.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresenta algumas perguntas que podem ser feitas para checar a informação. São elas:
- A informação tem link?
- O link abre ou está “quebrado”?
- A informação foi publicada em portal conhecido?
- A informação é assinada por alguém conhecido?
- A informação tem erros gramaticais?
- A informação começa de modo alarmista?
- A informação menciona terceiros, mas não diz o nome (famoso médico, famoso especialista, famoso jurista)?
- A informação pede para ser compartilhada?
Passo 2: Pesquise
Para identificar a veracidade de uma informação, pesquise – jogue a informação no Google. Outros veículos de comunicação divulgaram a notícia? As fontes citadas são as mesmas? Essas fontes são oficiais? Verifique se não se trata de um trecho de informação verdadeira em meio a uma história inconsistente. A notícia falsa é mais difícil de identificar quando se mistura a acontecimentos reais.
O Brasil possui diversas centrais de checagens assim como a Gralha Confere, projeto de verificação de informações sobre a segurança das urnas e o processo eleitoral que TRE-PR vai encampar em julho, como parte das ações das Eleições 2020. Estas agências fazem um levantamento minucioso de conteúdos duvidosos. Muitas destas agências também disponibilizam formulários ou números de aplicativos de mensagens para analisar informações enviadas pela população:
Aos Fatos
https://aosfatos.org
Boatos.org
https://www.boatos.org
Comprove – Câmara dos Deputados
https://www.camara.leg.br/comprove
Estadão Verifica
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-verifica
Fato ou Fake
https://g1.globo.com/fato-ou-fake
Lupa
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa
Painel de checagem CNJ
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/painel-de-checagem-de-fake-news/
UOL Confere
https://noticias.uol.com.br/confere
Projeto Comprova
https://projetocomprova.com.br
Passo 3: Denuncie
Se for possível identificar a falsidade do conteúdo, é importante denunciar. No Facebook, basta clicar nos três pontinhos do canto superior direito de cada postagem para acessar a opção “Obter apoio ou fazer denúncia”.
No Instagram e no Twitter, também ao clicar nos três pontinhos/setinha no canto superior direito de cada post, você acessa a opção “Denunciar”. No WhatsApp, é possível denunciar contatos suspeitos em “Dados do contato”.
Faça a sua parte!
#NaDúvidaNãoCompartilhe
FONTES:
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/painel-de-checagem-de-fake-news/guia-pratico/
https://www.bbc.com/portuguese/geral-45967195
Texto: Valeska Loureiro
Pesquisa: Bernardo Nadaleti
Arte: Rita Vidal
Revisão: Melissa Diniz Medroni
Coordenação: Rubiane Barros Barbosa Kreuz
CCS/TRE-PR
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