Justiça Eleitoral alerta para deepfakes

Risco de circulação de montagens em vídeo aumenta no período eleitoral

deepfake

“Só acredito vendo”, o famoso ditado de São Tomé, um dos apóstolos de Cristo, não tem mais serventia em um mundo permeado pela realidade virtual. Com o deepfake, técnica de inteligência artificial que combina falas humanas sintetizadas com vídeos de personalidades públicas já existentes na rede, mostrando-as dizendo coisas que nunca disseram, é preciso desconfiar até daquilo que se vê com os próprios olhos.

O ex-presidente Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o atual mandatário norte-americano Donald Trump foram alguns alvos conhecidos da manipulação virtual com fins políticos. Com a aproximação das eleições municipais, a Justiça Eleitoral alerta para o risco de circulação de montagens no contexto nacional.

Em entrevista ao jornal Folha de Londrina, o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Gilmar de Deus, destacou a estrutura da Justiça Eleitoral para combater esse tipo de fraude. “A nossa preocupação ficou ainda mais evidente depois das eleições de 2018. O TSE criou grupos de análise sobre fakenews. Também contamos com a perícia forense da Polícia Federal, além dos técnicos das Forças Armadas e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)”, disse o secretário na matéria veiculada neste sábado (25). Ele afirmou ainda “que a tecnologia ficará cada vez mais sofisticada, mas a sociedade precisa estar preparada e isso só se consegue com conhecimento”.

Fato ou Boato? Esclarecimentos sobre informações falsas

Como reconhecer um deepfake

  • Preste atenção aos movimentos da boca, se correspondem ao que está sendo dito;
  • Verifique se a entonação e o som da voz soam normais;
  • Confira se os olhos da pessoa estão piscando;
  • Veja se a pessoa se mexe de um modo natural;
  • Procure outros vídeos da mesma pessoa para comparar.


Texto: Melissa Diniz Medroni com informações Folha de Londrina e Techtudo
Imagem: iStock
Coordenação: Rubiane Barros Barbosa Kreuz
CCS/TRE-PR

 

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