A JE Mora ao Lado: além de mesária, Daniela mostra para as pessoas valor do voto
Agente de saúde também já influenciou colegas a atuarem nas eleições
Mesária voluntária há mais de seis anos, a agente comunitária de saúde, Daniela Aparecida Santos, de 39 anos, moradora do município de Andirá (PR), presta um serviço que vai além do trabalho eleitoral nos dias de votação. Nas visitas domiciliares que faz a pessoas idosas e a jovens que estão em tratamento, ela costuma destacar a importância do exercício do voto para a cidadania.
Como agente de saúde há 11 anos, ao visitar uma paciente de 90 anos há três anos, Daniela explicou para a idosa que ela poderia ainda votar, se tivesse condições físicas e assim desejasse. O voto no Brasil é facultativo ao eleitorado com mais de 70 anos. Ela chegou a fazer uma urna de papelão para a paciente para que ela tivesse uma noção de como seria votar.
Assista à entrevista no canal do TSE no YouTube.
O tempo passou. Chegou o primeiro turno das eleições municipais de 2020 e qual não foi a surpresa da agente de saúde ao ver a idosa entrar na seção eleitoral, na qual Daniela atuava justamente como mesária. As duas se reconheceram e se emocionaram.
“Eu falei [durante a visita] que ela poderia exercer a sua vontade como cidadã até quando ela tivesse força, estivesse com saúde. Eu fiquei contente. Eu expliquei e ela entendeu. Quando eu estava lá nas eleições, como mesária, ela entrou na minha sala e disse: “Oi, Daniela, eu vim votar. Estou tão feliz porque através de suas informações eu esclareci as minhas dúvidas”, conta a agente comunitária de saúde, ao lembrar que a idosa havia parado de votar por quatro eleições.
Mais informação a quem precisa
Daniela afirma que sempre gostou de atuar como mesária. “Não vejo a hora de chegar as eleições. O meu trabalho com a Justiça Eleitoral tem contribuído para levar mais informações aos meus pacientes”, afirma.
Ela ressalta que, se algumas pessoas com quem fala sobre o valor do voto, assimilarem o conhecimento transmitido por ela, já é uma grande evolução. “É importante que nós, cidadãos, escolhamos nossas candidatas e candidatos. Procurar as propostas de cada um, para que a gente possa ter um país melhor. Nunca devemos deixar de lutar, de ter conhecimento, de colocar a confiança em alguém. Eu acredito muito no ser humano”, acrescenta Daniela.
Evolução da JE
Sob o olhar tanto como eleitora quanto como mesária voluntária, Daniela afirma que a Justiça Eleitoral evoluiu muito nos últimos 40 anos. “Imagina há 30, 40 anos atrás. Era muito difícil. Era tudo no papel. Tinha um tempo para a contagem de votos. Hoje não. Está bem mais prático para quem trabalha”, assinala.
Segundo a agente de saúde, o conhecimento adquirido ao colaborar com a Justiça Eleitoral tem sido de grande valor na vida pessoal e profissional. Ela revela, inclusive, ter influenciado duas colegas de trabalho a também atuarem como mesárias.
Cadeirante
Além da eleitora idosa, outro episódio que Daniela não esquece foi quando as pessoas se mobilizaram para trazer um cidadão em cadeira de rodas para votar. “Ele se emocionou quando chegou até a seção. Foi uma emoção para todos nós. Ele chorou. Falou que gostava muito de votar e não tinha quem o ajudasse”, finaliza.
Série Mesários – A JE mora ao lado
Essa história faz parte da série Mesários – a Justiça Eleitoral Mora ao Lado. Os textos estão sendo publicados desde fevereiro, mês em que a Justiça Eleitoral comemorou 90 anos. A ideia é mostrar que a atuação para garantir o processo democrático por meio das eleições só é possível graças às mesárias e aos mesários que participam ativamente do processo eleitoral em todo o país.
Texto e imagem: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
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