A JE Mora ao Lado: mesária ressalta a importância da acessibilidade nos locais de votação
Portadora de ceratocone, Ághata Ribeiro explica que é possível atuar durante as eleições
Ághata Viviam Ribeiro, 30 anos, atuou pela primeira vez nas eleições em 2022. Portadora de ceratocone (condição em que o tecido transparente na superfície anterior do olho, a córnea, se curva para fora), a mesária conta que não é fácil conviver com a condição. “Para nós que temos uma deficiência visual, fica um pouco mais difícil para enxergar algumas situações”, relata. Mas a colaboradora da Justiça Eleitoral (JE) enfatiza que a enfermidade não a impede de trabalhar durante o pleito. “Isso depende da pessoa mesmo, do empenho. Você consegue dominar e consegue fazer um bom trabalho, aprender e ensinar outras pessoas”, explica.
Ela conta que, ao trabalhar voluntariamente durante o pleito, se preocupou também com as questões de acessibilidade. E, segundo ela, é preciso dominar o assunto para poder repassar para outras pessoas. “O mais importante é que corra tudo bem na hora, que as pessoas possam votar, que tenha acessibilidade para as pessoas que necessitem”, destaca Ághata.
Tendo dois primos que já atuaram em outros períodos eleitorais, Ághata já estava familiarizada com a temática. Quando se voluntariou, foi designada para atuar como roteirista, que é o responsável por um checklist de itens estruturais e materiais do local da votação. “Checar se há tomadas perto das urnas, caso necessite; ver se a fiação está correta, até para evitar acidentes enquanto as pessoas transitam; checar se o ambiente do voto não está exposto; checar maletas e documentos; se [a seção] está acessível”, exemplifica.
Veja a entrevista no canal do TSE no YouTube.
Estudante de pedagogia e residente em Araucária (PR), ela conta que se inscreveu para colaborar com a JE, pois “queria muito ver como é o processo, como é lá dentro, como funciona do começo ao fim”. A mesária diz acreditar que o curso universitário a auxiliou a desenvolver a empatia e o respeito, itens que considera essenciais para atuar durante as eleições.
“Com certeza” é a pronta resposta dada por Ághata ao ser questionada se continuará se voluntariando para trabalhar nas próximas eleições. Ela explica que muito se fala sobre o direito de votar, mas que é preciso falar também sobre todo o caminho que há antes disso.
Texto e imagem: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
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