TRE-PR se prepara para combater novas formas de desinformação
Entre os desafios para as Eleições 2024, está o uso da inteligência artificial e das deep fakes
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) está se preparando para combater a desinformação no processo eleitoral de 2024. Consideradas uma das maiores ameaças atuais à democracia, as notícias falsas, conhecidas como fake news, são compartilhadas por pessoas que já acreditam em determinadas ideias, o que torna grande o risco de aumentar a polarização política.
Por conta dessas características, a desinformação é estrategicamente usada como arma política na conquista de simpatizantes e de votos nas eleições, impedindo o acesso a dados precisos por parte das eleitoras e dos eleitores para que possam tomar decisões conscientes.
Por conta disso, com o uso da inteligência artificial (IA) e dos algoritmos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretende regulamentar o uso da IA e do uso das redes sociaisjá para as eleições de 2024. Isso porque, de acordo com o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, “Até você comprovar que [aquilo que foi divulgado] não é verdade, milhões de pessoas vão ter acesso. Depois, nem todas terão acesso ao desmentido. Mesmo as que tiverem, nem todas vão acreditar”.
Nesse contexto, o TRE-PR planeja ações para combater as fake news, especialmente aquelas conhecidas como deep fakes. O presidente do TRE-PR, desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura, afirma que a Justiça Eleitoral do Paraná estará preparada para enfrentar as deep fakes nas Eleições de 2024.
Essa modalidade de informação falsa se utiliza de inteligência artificial para criar ilusões com o objetivo de induzir as pessoas a acreditar em um vídeo ou um áudio não verdadeiro.
Assim, as deep fakes trocam os rostos de pessoas, sincronizando movimentos labiais, expressões e todos os detalhes importantes, gerando resultados convincentes (embora inverídicos). No caso dos áudios, são criadas gravações que simulam a voz de determinada pessoa e são amplamente disseminadas em grupos de WhatsApp e Telegram.
Além dessas, também existem deep fakes textuais, as disseminadas nas redes sociais (com a criação de perfis falsos) e em tempo real (em transmissões ao vivo).
Como identificar uma deep fake
Ao receber um vídeo com conteúdo sensacionalista ou duvidoso, reproduza-o em em todas as velocidades disponíveis, diversas vezes, a fim de identificar falhas.
Atente-se ao rosto da pessoa: verifique a pele, os olhos, as sobrancelhas e a boca. É possível que seja identificado um piscar de olhos mais lento ou a pele muito lisa ou enrugada.
Por fim, busque notícias a respeito do conteúdo do vídeo ou áudio recebido. É possível que você encontre alguma notícia sobre o caso.
Para conhecer um pouco mais sobre deep fakes, acesse o vídeo produzido pelo TRE-GO.
Canais da Justiça Eleitoral
Para checar uma informação, as cidadãs e os cidadãos podem buscar os canais criados pela Justiça Eleitoral. O TSE criou a página Fato ou Boato, que integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação; outros Tribunais Regionais Eleitorais também criaram páginas para verificação de notícias falsas. No TRE-PR, a Central de Combate à Desinformação ganhou o nome de Gralha Confere.
Texto: Assistência de Jornalismo, com informações do TSE e do tecnoblog.net
Arte: TSE
Tratamento de imagem: Assistência de Comunicação Visual
Por: Assessoria de Imprensa
Publicado em: 19/01/2024 - 16h06
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