Evento “Inclusão na Prática” traz orientações sobre a participação de pessoas com deficiência nas eleições

Conversa, realizada no auditório do TRE-PR, contou com a participação de autoridades e especialistas

Foto de um auditório em que, ao fundo, veem-se três homens e duas mulheres sentados em um tablad...

Nesta quarta-feira (17), o auditório do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba, recebeu o evento “Inclusão na Prática”, transmitido ao vivo pelo YouTube. Com o objetivo de auxiliar a interação entre servidoras e servidores dos Cartórios Eleitorais e pessoas com deficiência que atuarão na eleição, o evento abordou temas como dicas de convivência com PCDs e esclarecimentos sobre o capacitismo.

Durante a abertura do encontro, o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, apresentou a campanha do Tribunal de incentivo à participação de pessoas com deficiência como mesárias nas Eleições 2024, que se tornou referência para outros regionais, como os TREs de Alagoas e de Rondônia, que implementaram a iniciativa em seus estados.

O presidente destacou que o TRE-PR tem procurado o apoio da imprensa e de igrejas católicas e evangélicas para auxiliar na divulgação da campanha. “A proposta visa combater o capacitismo e dar visibilidade a pessoas com deficiência, que vão agora prestar os serviços à comunidade paranaense no dia das eleições, exercendo esse importante cargo de mesário”, declarou.

Programação

A conversa teve início com o depoimento do juiz da 28ª Zona Eleitoral de Apucarana, doutor Rogério Tragibo Campos, que é surdo. Mediador do encontro, ele reforçou que, em virtude dos diferentes níveis de surdez, é necessário respeitar as escolhas de cada pessoa quanto às preferências sobre o uso da língua brasileira de sinais (Libras), leitura labial, aparelho auditivo ou a decisão de realizar o implante coclear.

O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT9), Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, comentou sobre sua trajetória de estudos que teve situações de acolhimento e de rejeição e, posteriormente, as dificuldades para conseguir estágios e empregos na área do Direito. Apesar das barreiras, no entanto, o magistrado tornou-se o primeiro desembargador cego do Brasil. Hoje, trabalha para incentivar a inclusão de PCDs nas mais diversas áreas de atuação.

Na sequência, a artista plástica e designer Ana Maria Camargo falou sobre a sua experiência como professora de artes para pessoas com deficiência. Ela explicou que a falta de conhecimento e o medo do “desconhecido” resultam no preconceito. “A diversidade é muito maior, cada ser humano é único [...] precisamos enxergar as eficiências das pessoas e não as deficiências”, reforçou.

O magistrado do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e primeiro juiz cego de 1ª instância do Brasil, doutor Márcio Aparecido da Cruz Germano da Silva, contou que, em sua trajetória, chegou a abandonar a escola temporariamente, pois na sua infância não havia política de inclusão, sobretudo nos municípios do interior. Com o tempo, o acesso a materiais acessíveis e novos recursos tecnológicos o ajudaram a ter independência nos estudos.

Por fim, a mestre em ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e pesquisadora da inclusão de alunos com deficiência visual, Franciane Foques, citou a necessidade de os profissionais de educação estarem abertos à vivência das pessoas no momento do aprendizado e explicou que a inclusão deve ser algo natural na convivência entre todos os indivíduos.

Presenças

Estiveram presentes no evento a 1ª vice-presidente do TJ-PR, desembargadora Joeci Machado Camargo; o ex-presidente do TRE-PR, desembargador Jucimar Novochadlo; a coordenadora regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), desembargadora Neide Alves dos Santos; o juiz membro da Corte e coordenador do Laboratório de Inovação, Inteligência e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável do TRE-PR, desembargador eleitoral José Rodrigo Sade; o procurador-chefe da União, Rodrigo de Souza Aguiar; o juiz da 199ª ZE, doutor Siderlei Ostrufka Cordeiro; o coronel da Polícia Militar Mario Henrique do Carmo; o presidente do Instituto Paranaense de Direito Eleitoral, doutor Paulo Henrique Golambiuk; o presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB-PR, doutor Walney Coletto Subtil; o major da Força Aérea Brasileira Dionísio Moreira; o tenente e assistente social da Força Aérea Brasileira, Roberta Mischiatti de Marco; a secretária da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do TJ-PR, Claudia Cristina Martins Tria; a chefe do Departamento de Educação Inclusiva da SEED, Maira de Oliveira; o coordenador da Ouvidoria da Controladoria-Geral do estado, Yohhan Garcia de Souza; a diretora da Receita Estadual do Paraná, Suzane Aparecida Gambetta; o auditor fiscal Francisco Horst; e a embaixadora de Acessibilidade de Inclusão do TRE-PR, Pietra Silvestri.



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