Setembro Amarelo: prevenção do suicídio é responsabilidade de todos

Campanha busca a conscientização sobre a prevenção do suicídio, a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil

Em um banner com fundo amarelo, observa-se um laço preto centralizado. Também em preto, lê-se “S...

O Setembro Amarelo é uma campanha global de conscientização sobre a prevenção do suicídio, lançada no Brasil em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

A escolha do amarelo está associada à história de Mike Emme, um jovem que dirigia um Mustang 1968 amarelo. Após sua trágica morte por suicídio, inspirou uma campanha de apoio com fitas amarelas distribuídas por seus amigos e familiares.

O suicídio é uma questão de saúde pública global que atinge diretamente 700 mil pessoas por ano. No Brasil, é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Aproximadamente 90% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, o que comprova a importância do suporte e tratamento adequados. 

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) reconhece a necessidade de abordar esse tema para promover um ambiente de trabalho saudável e acolhedor. Embora setembro seja um mês de conscientização, a atenção à saúde mental deve ser uma prioridade diária. 

Segundo o psicólogo do Tribunal, Guilherme Felipe Miller, pequenos gestos de atenção podem fazer a diferença na vida de pessoas com depressão.  “Um olhar atento a colegas de trabalho, familiares ou até mesmo a desconhecidos pode ser crucial para identificar sinais de alerta, que, por mais sutis que pareçam, podem indicar que alguém precisa de ajuda”, explica. Ele destaca que é necessário estar atento aos seguintes sinais:

  • Perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas;
  • comentários como “eu queria morrer” ou “gostaria de desaparecer”;
  • sentimento de que os outros ficariam melhor sem a presença da pessoa;
  • desmotivação para frequentar o trabalho ou outras atividades;
  • desejo de isolamento, evitando contato social e conversas;
  • falta de expectativas futuras ou objetivos claros;
  • negligência com a aparência pessoal e higiene básica;
  • mudanças significativas no sono e apetite, como insônia, sono excessivo, alimentação em excesso ou falta de apetite.

De acordo com o psicólogo, compartilhar essas informações contribui para conscientizar e reforçar que a prevenção do suicídio é uma responsabilidade de todos. “É essencial falar sobre sentimentos, e se expressar sem medo de julgamento pode ser transformador. Criar um ambiente seguro para que as pessoas possam se abrir faz a diferença”, afirma.

Ele deixa aos leitores um apelo: seja um agente de mudança. Preste atenção, ofereça apoio e ajude a salvar vidas.


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